Se o seu cachorro possui questões comportamentais ou emocionais a serem tratadas, além do meu Curso Filhotes Educados! indico também utilizar terapias naturais que são auxiliares no trabalho de adestramento e terapia comportamental.
Neste artigo, vamos estudar como funciona a aromaterapia e quais as formas de você inserí-la na rotina com o seu doguinho!
E se você tem interesse em aprender mais sobre essas terapias naturais maravilhosas, deixe seu nome na lista de espera da próxima turma de Formação em Terapeutas Multiespécies, onde além de aprender sobre como utilizar a Aromaterapia e outras técnicas integrativas, você será iniciada (o) em Reiki e poderá trabalhar como terapeuta de humanos e também de animais!
O que é a aromaterapia?
Esta medicina integrativa se utiliza dos óleos vegetais e essenciais das plantas para tratar questões físicas, emocionais, comportamentais e psíquicas de humanos ou animais. É um caminho integrativo, que reconecta os indivíduos à natureza, tratando e curando problemas comportamentais, físicos e mentais, tanto nos homens como nos animais.
Através da utilização de óleos essenciais, é possível tratar questões comportamentais de cães com grande eficácia, considerando o fato de que eles possuem uma capacidade olfativa até oito vezes maior que a de seres humanos.
História da Aromaterapia
Pixabay – the history of the aromatherapy
Há muitas referências sobre a utilização de ervas, resinas, incensos, unguentos e óleos aromáticos na literatura religiosa e médica antiga, e também em registros arqueológicos.
Registros arqueológicos mostram que desde o Período Paleolítico, o homem já utilizava plantas como medicamentos e também para aromatizar ambientes ou em rituais religiosos (ROVESTI, P et al).
Já a utilização de plantas dentro da aromaterapia possui registros de cerca de 5 mil anos, como um objeto de terracota presente no museu de Taxila, no Pasquitão (ROVESTI, 1980), sendo este, segundo estudos de especialistas, um aparelho de destilação que teria sido usado para fabricar águas aromatizadas e talvez, extrair óleos essenciais de plantas.
Entre os antigos egípcios, há cerca de 3 mil anos a.c., houve um homem, chamado Imhotep, que era arquiteto-chefe, astrônomo, escriba, Sumo Sacerdote de Heliopólis, médico e chanceler do Faraó Djoser, e posterior à sua morte foi deificado e adorado como o deus da medicina e da cura. Certamente, ele fez muito pelo avanço do conhecimento médico e, como os óleos infundidos e unguentos aromáticos fossem usados com muita frequência na medicina egípcia podemos, com justiça, denominá-lo avô da aromaterapia. (TISSERAND, 2017).
Há muitos registros do Antigo Egito trazendo a utilização de óleos essenciais e resinas na medicina, estética, culinária e também como incensos, em rituais religiosos. E como muitos animais eram considerados deuses na civilização egípcia, acredita-se que também se beneficiavam desta terapia natural.
O tratamento feito por meio de substâncias aromáticas é utilizado pela medicina chinesa há pelo menos 4.500 anos, assim como em rituais espirituais e medicinais no Egito antigo. Na Idade Média a utilização das substâncias aromáticas era feita para prevenir pragas e doenças.
Aromaterapia é medicamento?
A aromaterapia é um ramo da Fitoterapia, e fitoterápico é uma substância produzida a partir da planta inteira. Já fitofármaco é um medicamento feito com os principais ativos das plantas manipulados, que são retirados e que podem ser misturados com outros ativos químicos, para produzir os chamados medicamentos alopáticos. Já os óleos essenciais e vegetais 100% naturais são fitoterápicos. Podem ser considerados medicamentos 100% naturais, neste caso.
O que são óleos essenciais?
Os óleos essenciais utilizados na Aromaterapia são substâncias químicas sintetizadas, armazenadas e liberadas pelas plantas, produzidas para a sua sobrevivência, e são utilizados na sua alimentação, nutrição, autodefesa, atração, defesa contra pragas, comunicação com outras plantas e animais, proteção e regulação de temperatura, entre outras funções.
Os compostos produzidos pelas plantas possuem ressonância com compostos que nós e outros animais também temos em nosso organismo, o que promove o reconhecimento deles por nossas células e cérebro, trazendo cura em vários níveis.
Dizemos que os óleos essenciais são o sangue das plantas, pois é o elemento mais precioso que elas produzem.
O olfato canino
A aromaterapia por meio da inalação é um tratamento aromaterápico muito adequado para cães, uma vez que possuem maior capacidade olfativa, se comparados aos seres humanos.
Há grande similaridade fisiológica no sistema olfatório de cães e humanos. Porém, em comparação com os humanos os cães mostram a) uma mucosa olfatória maior, com b) um número maior de receptores olfatórios, os quais se projetam c) para um bulbo olfatório de maior tamanho, de onde as informações alcançam outras áreas do SNC, e em todas essas regiões d) o número de células para o processamento das informações olfatórias é maior. Adicionalmente, o dobramento interno da cavidade nasal, as narinas alongadas e o ato de farejar devem contribuir para a maior sensibilidade olfatória dos cães.
Utilização dos óleos essenciais em animais
Os óleos essenciais podem ser utilizados terapeuticamente em animais de pequeno e grande porte.
Resultados de investigações científicas indicam o potencial terapêutico de óleos essenciais ou isolados dos extratos destes no tratamento de distúrbios comportamentais e emocionais de diversas espécies de animais.
Os animais têm neurônios olfativos em número extremamente superior ao que os humanos têm, e por esse motivo, a dosagem e a frequência da aplicação dos óleos essenciais devem ser diminuídas e a diluição aumentada em relação às indicadas para seres humanos, a fim de evitar intoxicações, principalmente em animais de pequeno porte.
Dosagem e diluição dos óleos essenciais para uso em animais
Difusor de porcelana, o mais seguro e indicado para volatilização dos óleos essenciais
As formulações contendo óleos essenciais para aplicações em cães devem ser 25% ou ¼ da concentração indicada para os seres humanos. Cães com menos de 8 semanas de idade não devem ser submetidos a formulações contendo óleos essenciais. Neste caso, indica-se a utilização de hidrolatos – compostos aquosos excedentes da destilação do óleo essencial – devido à diluição e ao efeito sutil.
Recomenda-se a observação de todas as informações quanto à toxicidade dos óleos essenciais e seus componentes químicos, pois os cães também exibem patologias como epilepsia, sensibilidade dérmica, câncer, etc. (MORAG, NAYANA. Óleos essenciais para animais, 2011, p 163)
Estudos demonstrando ação ansiolítica em animais
Há grande quantidade de aromas que podem ser facilmente adquiridos e produzir efeitos positivos em animais de cativeiro. Valeriana foi testado com efeito positive em gatos (Bol et.al. 2017) e reduziu a ansiedade em ratos de laboratório (Rattus novergicus) (Murphy et. Al. 2010).
O óleo essencial obtido das cascas de frutas de Citrus aurantium teve suas propriedades ansiolíticas demonstradas. Este óleo essencial é popularmente empregado para curar ou aliviar insomnia, tartar nervosismo, ansiedade e hysteria, e as flores são utilizadas com fins sedativos. Em camundongos, a inalação de oleo essencial de limão, Citrus limon, a administração de óleo essencial de Rosa centifolia e a administração de óleo essencial de Passiflora incarnata também demonstraram efeito ansiolítico. (MORAG, NAYANA. Óleos essenciais para animais, 2011)
O óleo essencial de Néroli,obtido por arraste de vapor das flores de Citrus aurantium, cujos componentes majoritários eram o limoneno (97,83%) e o mirceno (1,43%) demonstrou ter efeito ansiolítico em animais gerbils (Meriones unguiculatus, também chamados de “ratos do deserto”), quando estes foram submetidos à sua inalação, sendo que este efeito ansiolítico do óleo essencial Néroli foi superior ao do medicamento Xanax ®, cujo princípio ativo é o benzodiazepínico alprazolam. (CHEN, Y-J apud et al. Inhalation of Neroli Essential Oil and Its Anxiolytic Effects. Journal of Complementary and Integrative Medicine, v.5, article 13, p 1-10, 2008).
Em seu artigo Aromatherapy for Travel-Induced Excitement in Dogs, Wells, DL, (2006), traz provas de que a exposição ao óleo essencial de lavanda durante passeios de carro de cães com suas famílias, diminuiu a intensidade de latidos e movimentos, sentados ou em pé, de cães ansiosos nestas condições. A intenção do estudo foi mostrar um alternativa natural aos tratamentos alopáticos tradicionais já existentes, que podem ser mais caros, tomar mais tempo dos tutores e ainda ter efeitos colaterais na saúde e comportamento dos cães.
Estudos demonstrando ação anti-estresse em animais
Consta na revisão de literatura Fitoquímica de Plantas Medicinais Para a Saúde Mental de Equinos, de João Paulo Novelletto, da UFSC, que em equinos, há um estudo que se utiliza do óleo essencial de lavanda para o tratamento de animais estressados, em que a lavanda diminuiu a frequencia cardíaca após esforços agudos (FERGUSON; KLEINMAN; BROWNING, 2013). Utilizando o cortisol como parâmetro, Heitman et. Al. (2018) observaram diferenças estatísticas entre o tratamento controle e a aromaterapia de lavanda para estresse em equinos transportados, já para equinos estabulados, podem ser usados os óleos de Rosa e Camomila Romana (GLOVER, GOODWIN, 2006).
Efeitos da aromaterapia no comportamento de cães em abrigos
Conforme estudo de Swaisgood and Sheperdson, 2005; Wells, 2009, a estimulação olfativa é uma forma de enriquecimento sensorial que adiciona aromas em uma tentativa de estimular efeitos positivos no comportamentos de cães.
Pesquisas de estimulação olfativa em canis de cães tem explorado os efeitos de óleos essenciais no comportamento, com exposição de lavanda e camomila, promovendo descanso e reduzindo latidos. Em contraste, cães gastam mais tempo se movendo e latindo após exposição aos óleos essenciais de pimento e alecrim (GRAHAM et. al 2005).
Conclusão
O uso da aromaterapia em cães ainda é uma área a ser bastante explorada, e também é importante ter cuidado com o tipo de óleo e a dosagem que será aplicada no tratamento, pois apesar de naturais eles podem apresentar efeitos colaterais.
Minha sugestão é sempre buscar um profissional qualificado e com formação na área, que possa lhe orientar sobre a forma correta na utilização da aromaterapia em animais. Estou à disposição!
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Pudemos verificar através dos estudos aqui citados a comprovação da eficácia na utilização de óleos essenciais na tratativa de cães em diversas situações e a significativa melhora em seu comportamento, o que pode resultar por exemplo, na adoção de mais cães, no aumento da qualidade de vida destes animais junto às suas famílias humanas, e também na diminuição da taxa de abandono de cães, já que os problemas comportamentais são a maior causa de abandono em todo o mundo.
Por isso utilizo a aromaterapia em meu trabalho como educadora e terapeuta de famílias multiespécies, com muito cuidado, carinho e respeito à essa medicina integrativa tão maravilhosa e tão salutar!
Qualquer dúvida estou à disposição!
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